O que é alopecia: entenda doença que causa perda de cabelo
- Dra. Karolline Figueiredo
- 31 de mar. de 2022
- 4 min de leitura

A alopecia é uma condição que causa perda repentina de cabelo do couro cabeludo ou de pelos de qualquer outra região do corpo. Porém, o tipo mais comum é a que se manifesta no couro cabeludo, a calvície. O distúrbio, que pode ser transitório ou definitivo, afeta homens e mulheres e existem diferentes causas possíveis, tipos e graus.
Na alopecia o cabelo cai em grandes quantidades em determinadas áreas, proporcionando a visualização do couro cabeludo ou da pele que antes era coberta.
É importante que, ao notar a queda capilar, a pessoa busque por ajuda médica para investigar as causas. Usar medicamentos por conta própria ou recorrer a tratamentos ou produtos sem recomendação de profissionais capacitados pode até agravar o problema.
Possíveis causas
A queda de cabelo pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:
• Micose no couro cabeludo;
• Uso de medicamentos;
• Estresse;
• Reação hormonal pós parto;
• Uso de produtos químicos inadequados;
• Lúpus eritematoso sistêmico;
• Doenças como hipotireoidismo, hipertireoidismo, sífilis secundária ou líquen plano;
• Deficiência de proteínas, ferro, biotina e zinco;
• Alguns tipos de câncer também podem favorecer a queda de cabelo, como o câncer de pele, por exemplo.
De acordo com a causa da queda de cabelo, a alopecia pode ainda ser classificada em diferentes tipos:
• Alopecia areata: causada por fatores autoimunes ou emocionais, caracterizada por intensa queda de cabelo em determinadas áreas, resultando no aparecimento de placas redondas no couro do cabeludo com ausência de pelo.
• Androgenética: também chamada de calvície, é causada por fatores genéticos, associados à taxa de testosterona na corrente sanguínea, e por isso é mais frequente nos homens;
• Traumática: causada pelo hábito de arrancar os fios de cabelos constantemente ou por traumatismos na cabeça;
• Seborreica: causada por uma dermatite, que pode ser tratada com o uso de medicamentos;
• Eflúvio: que se caracteriza por um período em que o cabelo cai naturalmente, porém, quando este mecanismo se encontra desregulado, pode haver um período maior de queda de cabelo, que geralmente responde bem aos tratamentos clínicos;
• Alopecia por tração - acontece quando a pessoa faz penteados, como tranças e rabos de cavalo apertados, que forçam a raiz do cabelo. Nestes casos, pode haver dano irreversível quando o folículo é danificado;
• Alopecia cicatricial - é um tipo mais raro da queda capilar, em que inflamações causam danos aos folículos capilares. No lugar, há crescimento de tecido cicatricial, o que impede a produção de novos fios no couro cabeludo. A queda pode começar de forma súbita ou progredir lentamente. Para algumas pessoas, a alopecia cicatricial pode incluir ainda, lesões vermelhas ou brancas no couro cabeludo, inchaço e coceiras;
• Alopecia frontal fibrosante - esse tipo de alopecia atinge principalmente mulheres que estão no período pós-menopausa. Ocorre normalmente em um padrão de recuo da linha do cabelo. As sobrancelhas e axilas também podem sofrer perda de pelos. Os sintomas podem incluir, ainda, o aparecimento de manchas vermelhas e “bolinhas” na face.
É importante que a causa da alopecia seja identificada pelo dermatologista, pois assim é possível que o tratamento mais adequado para a causa seja indicado e, assim, seja possível prevenir a queda de mais fios e favorecer o crescimento do pelo.
QUAL A PREVENÇÃO CONTRA ALOPECIA?
Quando há fatores genéticos envolvidos, não existem formas de prevenir a alopecia. No entanto, ao notar queda capilar elevada, procure um especialista. Ele poderá recomendar tratamentos para conter o avanço do problema.
Já para quem não tem casos de alopecia na família, é importante evitar tratamentos em salões que usam produtos químicos prejudiciais. Sempre procure saber quais componentes serão usados e pergunte se eles podem causar danos permanentes aos fios. Afinal, uma vez que os folículos são atingidos, o cabelo deixa de crescer.
Outra recomendação é manter uma alimentação saudável e variada, rica em minerais, proteínas e vitaminas. Então, coma frutas, verduras e legumes, dê preferência para a comida preparada cozida ou assada ao invés de frita, e evite o excesso de gordura e alimentos ultraprocessados.
Como é feito o tratamento
Algumas opções terapêuticas, especialmente para casos mais graves, são o uso de medicamentos orais, como a finasterida ou espironolactona, ou tópicos, como o minoxidil ou o alfaestradiol, por exemplo, pois favorecem o crescimento dos pelos e previnem a queda.
Além disso, para casos mais leves ou para complementar os mais graves, pode ser vantajoso o uso de produtos cosméticos em loção ou ampolas, ou o uso de suplementos alimentares, de acordo com a orientação do dermatologista, já que também podem favorecer o crescimento do cabelo.
Existem ainda tratamentos específicos como:
Microagulhamento
O microagulhamento abre canais no couro cabeludo , liberando fatores importantes para o crescimento dos fios e permitindo a abertura para a entrada de substâncias específicas que serão administradas logo depois : DRUG DELIVERY/ entrega precisa de medicamentos por estes canais abertos até o foliculo.
O sangue do paciente também fica nestes canais, por isso mesclas de drug delivery precisam ser em nanopartículas, para poderem penetrar nos canais e vencerem os obstáculos das células de sangue.
Mesoterapia
Uma mescla capilar é injetada com agulha no couro cabeludo. Ou seja, a medicação é colocada em bolus, indicada para queda generalizada sem rarefação de alopecia genética.
Para o tratamento da alopecia, é recomendado fazer uma consulta com um dermatologista para que as causas sejam identificadas e o tratamento seja bem direcionado.
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